sábado, 31 de janeiro de 2015

Oração
































obstinado querer que existas,
nesta difusa imensidão
que, adormecido o dia,
vagarosa, desce sobre os pinhais.

olho o alto, e o teu filho,
na minha infância, por cima
do quadro negro, silencioso,
ouve a ladainha entoada de cor.

escureceu. 
Pai
acende, na noite, a Tua casa,

antes de eu adormecer.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

silêncio


Há uma paisagem no tempo
onde árvores descansam
nas águas paradas do estio.

E há caminhos em volta.

Passados adormecidos,
desterrados,
onde já nem os deuses moram.

Sou esse sonho deserto,
essas árvores feitas d’ água,
sou esse caminho incerto,
d’além Tejo.
  
Aquém mágoa